Em 10 anos o Estado do Pará quer ser um dos maiores produtores de biodiesel e óleo de palma de todo o mundo, com um milhão de hectares plantados. Para alcançar a meta, o governo vai investir na estruturação de toda esta cadeia produtiva para a implantação do Polo de Palma, que instalará diversas indústrias nas regiões do Baixo Tocantins e nordeste paraense, beneficiando, ao mesmo tempo, a agricultura familiar. Também faz parte do trabalho de estruturação para o polo a capacitação e assistência técnica dos agricultores para o cultivo da palma.
Segundo o secretário especial de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção, Sidney Rosa, o Estado está buscando empresas interessadas em plantar a palma e fazer parte do polo produtivo. 'A intenção é implantar o polo de palma desde Cametá, no Baixo Tocantins, até Garrafão do Norte, no nordeste do Estado. Com toda esta extensão nós vamos exigir uma grande mão de obra, gerando centenas de empregos nessas regiões', explica Sidney.
Além da geração de empregos, o polo de palma, de acordo com o secretário, é um investimento que viabiliza duas finalidades lucrativas: a produção do óleo da palma, muito utilizado na indústria de alimentos, e a produção do biodiesel. 'Com a implantação do polo teremos condições de suprir a indústria brasileira de alimentos, que hoje em dia importa da Ásia metade do óleo que utiliza. Com o biodiesel vamos poder atender vários países, principalmente os da Europa. Alguns desses países já assinaram um acordo que determina que até 2020 todos utilizem pelo menos 20% de biodiesel', assegura.
'Este investimento que está sendo feito pelo Governo tem segurança de mercado, pois tudo que será produzido tem destino certo. O melhor de tudo isso é que não vamos precisar desmatar para fazer a plantação, pois serão utilizadas áreas de pastagem, que atualmente estão subutilizadas', acrescenta Rosa. A implantação polo de palma paraense, destaca, demandará 32 mil hectares dessas áreas.
Agricultura Familiar - As famílias agricultoras do Pará serão um dos segmentos beneficiados pela indústria da palma. Por isso, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) do Pará está capacitando técnicos para prestar auxílio aos trabalhadores interessados em fazer parte do projeto. A partir do polo, cada empresa terá que absorver pelo menos 20% da produção familiar e, adianta Sidney Rosa, para ganhar o selo de social, a empresa ainda precisará empregar na agricultura familiar a mesma tecnologia que utiliza na sua plantação.
A Emater, além de capacitar os técnicos, está agora emitindo as Declarações de Aptidão do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que garantirão recursos para as famílias, com taxas de juros subsidiadas pelo Governo, a serem pagas quatro anos após o empréstimo – período em que a plantação da palma renderá colheita.
Nenhum comentário:
Postar um comentário